E, para quem ainda acredita que o problema da Amazónia é um problema do Brasil, desengane-se! Uma vez que, apenas a União Europeia absorve 20% das exportações de soja e 17% das exportações de carne. Sem contar, claro, todos os outros países que importam carne e soja do Brasil. É preciso compreender que a preservação de qualquer floresta em qualquer parte do mundo é responsabilidade de todos nós. Que o problema de um país é um problema de todos os países, cujas repercussões são globais. Quando tivermos consciência para refletirmos dessa forma, passaremos a entender que mais do que convenções do clima, precisamos de uma responsabilização séria da sociedade civil e dos empresários, que passem a assumir, também, a sua contribuição negativa para as alterações climáticas, pelas escolhas que fazem como consumidores e empreendedores.
Para lá da falta de interesse político, a verdade é que mesmo com políticas de controlo ao desmatamento, assim como outras medidas de mitigação aos impactos climáticos, continuará a ser necessária a diminuição do consumo de carne. E quem o diz é a European Enviroment Bureau, a maior rede de organizações ambientais da Europa. Este é claramente apenas um dos hábitos que precisa ser repensado, pois os efeitos negativos a longo prazo são devastadores, tanto a nível ambiental como social.
E a questão é - até que ponto estamos dispostos a salvar as florestas tropicais, a biodiversidade e o ar que respiramos? Valerá mais um bife no prato do que a preservação do meio ambiente?
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